sexta-feira, 26 de junho de 2009

Web 2.0

A web 2.0 é caracterizada como uma segunda geração de comunidades e serviços, tendo por pilares a participação dos usuários e o uso da inteligência coletiva. É uma nova forma de relacionamento dos usuários com a rede, pautada num ambiente de interação.
Após a leitura do texto, elaboramos uma espécie de resumo alusivo aos tópicos do autor Tim O’Reilly[1], “O que é Web 2.0 – Padrões de design e modelos de negócios para a nova geração de software ” e tecemos alguns comentários referentes a alguns aspectos evidenciados no escrito.

1. A web como plataforma
Na web 1.0 (Netscape, DoubleClick, Akamai) o foco estava pautado na publicação de conteúdo, e não na participação, no interesse dos anunciantes e na compra de softwares.
Já a web 2.0 (Google, Overture, AdSense, BitTorrent) é considerada como um sistema solar de sites que agrega uma gama enorme de informação, utilizando-se amplamente da cauda longa. Ela também tem por princípio ser um Beta perpétuo, pois está em constantes inovações e alterações. Possibilita a participação rica dos usuários e usa o sistema de folksonomia (maneira de indexação das informações – através de tags) e inúmeras redes sociais. Qualquer pessoa se torna um servidor, aumentando a rede.

2. Tirando proveito da inteligência coletiva
À medida que mais pessoas utilizam a rede mais ela aumenta, pois cresce organicamente. Todas podem ser desenvolvedores e atualizadores de conteúdo. Companhias como o Wikipedia são um belo exemplo dessa prática, pois todos vêem o conteúdo de forma coletiva e escrevem de forma coletiva também. A utilização do PageRank, que fornece melhores resultados de busca, transformou a Google num fenômeno da rede. A ebay e a Amazon desenvolveram métodos para o engajamento do usuário, agregando valor às suas marcas. O Flickr e o del.icio.us utilizam as tags em sua estrutura.
São as contribuições dos usuários que dão a supremacia da rede e fazem as companhias que estão atentas a esse aspecto terem sucesso. Entretanto, a participação dos usuários não está apenas restrita a colaborar em sites de companhias já estabelecidas. Também há a possibilidade de desenvolver conteúdo em blogs próprios.

3. Dados são o próximo Intel Inside
A web 2.0 se centra no gerenciamento de banco de dados entre companhias. Nesta era 2.0 o controle de dados leva ao controle do mercado como já aconteceu em vários casos.
A preocupação dos usuários com a privacidade e os direitos sobre estes e o intento das empresas por controlar os dados já que estes poderiam ser “a principal fonte de vantagem competitiva” têm aumentado nos últimos tempos.
Hoje se vê claramente a participação dos usuários nos projetos como a Wikipedia, atualizando e melhorando os dados disponíveis nesse ambiente virtual. São essas as expectativas de interação que se tem para a próxima década.

4. O fim do ciclo de lançamentos de software
O software já não é apresentado como produto e sim como serviço. Tal aspecto é responsável por ocasionar mudanças nos modelos de negócios das companhias:
1- Sendo o software um serviço, há a necessidade de manutenção diária para continuar o seu funcionamento. Diariamente são desenvolvidos aplicativos para a construção de sistemas dinâmicos que requerem alteração constante.
2- Os usuários viram co-desenvolvedores, através do código aberto e sugerindo novos recursos no dia a dia. Para o desenvolvimento desses novos recursos é necessário saber quanto, quando, e como o usuário os utiliza.

5. Modelos leves de programação
Com a popularização dos serviços web, as grandes companhias desenvolveram complexos conjuntos de serviços web, buscando a criação de ambientes de programação confiáveis para os aplicativos que passaram a ser distribuídos. Esses serviços procuram simplicidade em sua utilização.
Nas “lições significativas” o autor ressalta a importância do emprego de modelos de programação simples com capacidade de serem acoplados, a sindicalização de dados para o exterior (a exemplo do RSS), a utilização de códigos abertos e a utilização de aplicativos.

- Inovação na montagem
A web 2.0 tem a mentalidade da reutilização, ou seja, melhorar um serviço anterior ou juntar dois para gerar outro melhor. Através da interação das companhias é possível o aproveitamento de serviços existentes com outros, gerando assim melhores resultados.

6. Software em mais de um dispositivo
A web 2.0 na se limita à plataforma de PC. A plataforma da web entende â idéia de aplicativos sintéticos compostos de serviços compartilhados por vários computadores. A web 2.0 é a realização do desenvolvimento potencial da plataforma web. Inclui o acesso a dispositivos portáteis (a exemplo do iPod/iTunes), possibilitando o gerenciamento dos dados desde a web, integrando os dois sistemas. É esta a área da web 2.0 onde se espera inovações com o aumento dos dispositivos conectados â plataforma.

7. Experiência rica do usuário
Surgem vários aplicativos da web que se “complementam”, proporcionando uma rica experiência ao usuário. Como exemplo, o lançamento do Gmail e do GoogleMaps pela Google. E, para os próximos anos, espera-se o desenvolvimento de muitos novos aplicativos web com essas características.

Acreditamos que a utilização da web 2.0 é uma importante ferramenta para o relacionamento. Seja ela entre empresas e clientes, assim como entre clientes e quaisquer pessoas. A troca de informações, a participação em diversos espaços da plataforma, as redes sociais e o constante desenvolvimento da rede são características que propiciam essa prática.

[1] É o fundador da O’Reilly Media, editora americana de livros também responsável pelo densenvolvimento de sites e organização de congressos. Seus trabalhos estão voltados à área da computação. Fonte: Wikipedia.

Rommy Krauss e Tatiâne Schmitt

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.