Thompson divide as interações humanas em 3 categorias: face a face, mediada e quase mediada. Vamos definir brevemente cada uma delas dentro dos conceitos do autor:
Face a face: É a interação entre duas pessoas que necessariamente encontram-se no mesmo lugar e prestam atenção uma a outra. Uma característica específica desse tipo de interação é a linguagem corporal (olhares, expressões, gestos) que atribuem significado na conversação, ajudando inclusive na compreensão. Ela é obrigatoriamente dialógica, para manter a interação e não ser apenas uma relação de ação-reação. A orientação é de um para outro.
Mediada: Uma das características fundamentais é que as pessoas não se encontram no mesmo local, portanto, dependem de um meio para que a comunicação aconteça. Meios como telefones, cartas, computadores. E a linguagem corporal da interação face a face é substituída pelos emoticons no caso da linguagem escrita. Essas expressões são limitadas e podem comprometer a compreensão da conversa.
Um caso específico é o da vídeo-conferência, (ou equivalentes) onde poderia se pensar que seria uma interação face a face, e não mediada, o que seria um engano. A justificativa relaciona-se com os planos de fundo. A vídeo-conferência limita-se a mostrar o indivíduo, excluindo o próprio cenário e comprometendo o contexto que se faz na interação face a face. O plano de fundo é manipulado.
Quase Mediada: O exemplo mais fácil é o Jornal Nacional. Ocorre a total separação de contextos. Uma pessoa não sabe o que a outra está fazendo (apresentador, no caso, não sabe o que o expectador faz) e nem interage com ela. Não há diálogo nem troca de informações, apenas a recepção dela.
Com o surgimento da internet, e novas tecnologias integradas a ela, novos estudos foram feitos. De acordo com André Lemos (2002), a internet permite uma interação todos-todos. Ele traz novas categorias de interação:
Mecânico – Analógica: É a interação baseada na ação reação com máquinas. É o caso das máquinas de refrigerante, onde se aperta o botão e a máquina dá o refrigerante. Ou em vídeo-games mais antigos, onde um comando no controle faz o personagem na tela ter uma reação.
Eletrônico-Digital: São as interações onde o expectador tem certo controle sobre o conteúdo do programa, por exemplo. São exemplos: o programa da Rede Globo Você Decide, O Big Brother, American Idol etc... Ainda não há total interação nem troca de informação.
Social: É o caso da televisão digital ou das redes sociais como o Orkut e o MySpace. Permite a interação e o controle da programação. É possível conversar pela televisão. Há a interação entre os agentes do meio. É importante ressaltar que no modelo de televisão digital que ocorre no Brasil isso não é possível.
REDES SOCIAIS
Alex Primo divide os tipos de interação em duas categorias: Interação Mútua e Interação Reativa.
Interação Mútua: Troca de informação entre os agente
Interação Reativa: Com a máquina
Conceito de redes sociais de acordo com o Wikipédia:
Rede Social é uma das formas de representação dos relacionamentos afetivos ou profissionais dos seres entre si ou entre seus agrupamentos de interesses mútuos. A rede é responsável pelo compartilhamento de idéias entre pessoas que possuem interesses e objetivo em comum e também valores a serem compartilhados
No caso que vamos tratar serão máquinas ligadas em máquinas conectando pessoas. Os atores serão as pessoas e as conexões serão os tipos de interação na rede.
Análise de Redes Sociais:
- Organização – Trata das conexões/interações
Um exemplo são as comunidades. Proporcionam os tipos de interação, mútua e reativa. Há possibilidade de troca de informação (posts, comentários, recados) o que a torna mútua. E também pode apresentar enquetes, que são reativas.
- Estrutura – Laços Sociais
Há dois tipos: laços relacionais, e laços associativos.
Laços relacionais: Conversa por scraps, por exemplo. Então, relação mútua, obrigatoriamente.
Laços associativos: Como o segundo elo em uma corrente unido os da ponta. Exemplo: A é amigo de B e C no Orkut, mas B não é amigo de C, portanto, tem um laço associativo. Ou estão na mesma comunidade mas não são amigos.
Laços Fortes: Amigo-amigo. Próximos.
Laços Fracos: Associativos.
Laços associativos são sempre fracos, mas podem ser fortes. Não exigem troca e são reativos. Já os laços relacionais são sempre fortes e exigem troca, são mútuos.
Os laços fracos têm uma grande importância para a rede, por provocarem sua expansão. Por exemplo: A tem laços com B. B tem laços com C. A se interessa em C e por B cria um laço fraco com C. Outro exemplo que é recorrente na nossa faculdade é da comunidade criada no início dos semestres com os “bixos”. Os membros não se conhecem pessoalmente (em geral), mas fazem parte daquela comunidade, criando laços fracos.
Capital Social
Para compreender o conceito, vamos usar mais uma vez o Orkut como exemplo. As pessoas estão em comunidades que as definem: seus gostos, preferências, opiniões. Por exemplo: a comunidade da UFRGS traz um certo status para seus membros. Comunidades de bandas mostram que tipo de música a pessoa escuta, e pode até mesmo definir seu estilo.
Curiosidade: alguns RHs procuram páginas de seus funcionários no Orkut para definir seu perfil através das comunidades.
Postado por: Gilles Saraiva, Turma B; Juliana Teixeira, Turma A
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