sexta-feira, 27 de março de 2009

Aula: 20/03

No segundo capítulo do livro "Cibercultura: tecnologia e vida social
na cultura contemporânea" de André Lemos nota-se o esforço do autor em
traçar uma linha evolutiva dos sitemas técnicos demonstrando a lógica
nas invenções (criar técnica nova) e inovações(desenvolver técnica
antiga). Ao longo do texto, Lemos enfatiza a interrelação entre a
técnica e a sociedade, principalmente de como a primeira tem
influenciado a segunda, culminando assim no que o autor demonomina
como ubiqüidade pós-moderna.

As origens pré-históricas

A origem da técnica segue a origem do homem, que tentou por tanto
tempo imitar a natureza, transgredindo o que era considerado
impossível. Dotado de um dito poder extraordinário, o homem conseguiu
superar o natural e não se limitou a seguir os limites impostos pelo o
que lhe era oferecido apenas. Dentro do universo mágico primitivo, a
técnica desconecta-se do religioso mas permanece conectada ao sagrado,
que estabelece com o profano uma relação entre qualidade de mundo,
transformação de mundo e mundo concreto. Por fim, essa técnica foi
definida como o sonho do homem em conseguir as respostas do que não
lhe era palpável, mesmo que esse homem não conseguisse ligar o seu
futuro com o desenvolvimento técnico, o que é mais que aceitável na
atualidade.

As primeiras civilizações e os gregos

Uma das primeiras técnicas a ser reconhecida, na revolução Neolítica,
é o surgimento das civilizações - com sua organização social - junto
com o transporte, metalurgia, desenvolvimento da arte da guerra e o
surgimento da escrita, fator marcante para o estudo da história. Já no
Egito antigo, isso não foi tão perceptível, pois sua civilização
hierarquica fechada e estruturada, que não permitia muitas trocas, não
deu espaço para as inovações.
O sistema técnico grego passou por um bloqueio. As técnicas
artesanais e as novas técnicas estão lado a lado, e não há grandes
inovações em relação aos egípcios. A principal justificativa para esse
entrave foi o nascimento da filosofia Aristotélica e Platônica, que
desprezavam a tekhné. A ciência grega não permitiu o desenvolvimento
grego em larga escala.
A civilização helênica trouxe à tona a preocupação em achar
explicações racionais para a ciência e a técnica. A intuição é
substituída pela experimentação, teorização após investigação. A
técnica é laicizaa e dessacralizada. Nascem a matemática, a
geometria, a aritimética e também os manuais-receitas que visavam a
moral, a política, a economia e a religião. É nesse período que a
técnica passa a ser vista como é hoje.

O Império Romano

Com a expansão territorial, os romanos vão apropriando-se das
técnicas dos povos dominados, e com isso, pouco inovam de fato, ainda
que tenham expandido essas tecnicas. Muito da genialidade dos romanos
foi creditada à combinação dessa mistura de técnicas com a aplicação
das mesmas e de sua difusão por todo o espaço alcançado. Nasce aqui o
direito, a arquitetura, a urbanização, as técnicas sociais como
administração - visada na gestão social -, além do campo de energia.

Idade Média

Época de intensa atividade técnica, principalmente pela falta de
estranhamento às transgressões, como a aplicação do feudalismo; as
Cruzadas trouxerem o comércio com o Oriente, e com isso, o escambo de
técnicas. No séc XIV surgem tensões sociais, que aliadas ao misticismo
e a contemplação medieval enfraquecem as inovações. A energia tem
grande importância, já que as principais inovações medievais provem
dela: energia hidráulica (moinho) e eólica. A atividade industrial
pode avançar graças ao aperfeiçoamento na utilização do metal.
A difusão e a banalização das técnicas conhecidas trazem a preparação
para a modernidade. O desenvolvimento das profissões, pelas
corporações de ofícios, foi consequencia disso, que também trouxe
progresso social: o homem considera-se referência em relação a técnica
e não mais a natureza.

O Renascimento

O surgimento biela-manivela é considerado por alavancar a era do
maquinismo, que demandou muita energia. Primeira tríade: bússula,
pólvora e imprensa. A revolução que aparece aqui é epistemológica, no
uso da razão (centro do universo) para explicar o conhecimento,
colocando o homem como reordenador do univeso. Além da fascinação pela
descoberta científica para o progresso social, e da técnica não sendo
mais vista como mágica (ordem divina). Substituição do teologismo pelo
antropocentrismo.

A Revolução Industrial

Cenário da época: Inglaterra, 1780; indústria têxtil, invenção da
máquina a vapor e aplicação industrial da produção de ferro foram
fundamentais para impactar a revolução. O desenvolvimento da técnica
aqui é compreendido para a avaliação do progresso social (o futuro, a
modernidade) numa escala global, além de ser ligado a economia
política pela primeira vez. Aceleradas inovações tomaram o lugar das
invenções, como o mecanizaçaõ, que trazem como efeito as grandes
unidades de produçaõ. Nova tríade: metal, carvão e máquina a vapor.

Tecnocultura e modernidade

Novo sistema técnico baseado na eletricidade, no petróleo, no motor à
explosão e na indústria química. Dois principais períodos: Adaptação
de técnica e economia (1855-1870) em que houve o aparecimento das
redes bancárias, uma organização industrial e o crescimento
demográfico, que provocou um aumento na demanda e esse, por sua vez
trouxe uma necessidade em aumentar ainda mais a produção. Segund
período: Produção de energia em larga escala (1880- 1900) em que houve
o surgimento dos turbocompressores e motores à explosão e elétricos, o
uso de aços especiais, da química de síntese e de lubrificantes;
juntamente com a diversificação dos meios de transporte e de
comunicação veio a relevância da necessidade de transportar mais
rápido (estar em todos os lugares ao mesmo tempo) e de informar o mais
breve possível (saber tudo antes de todos).
A ciência-técnica é definida como essencial para o progresso, ou
então, o Mito da Modernidade, onde progresso e técnica andam de mãos
dadas. O homem é colocado não apenas no centro do universo tangível,
como também do univeso inteligível. Um paradoxo aqui é formado: com o
avanço das técnicas, e dos sistemas desmembrados dessas técnicas, há
ao mesmo tempo, uma excitação pela alcance da velocidade do avanço e
um medo social pelo temor da perda de segurança no trabalho.
Esse período paradoxal é chamado de Era Neotécnica (megamáquina
civilizacional) que alcançou seu apogeu com a modernidade (energia X
política X propriedade X lucro X privilégio). Mumford diz que a Era
Eotécnica (harmonia entre homem e natureza) foi substituída pela
Paleotécnica (auto-destruição gerada pela Revolução Idustrial), e
essa, pela Neotécnica. O conhecimento científico torna-se autônomo e
institucionaliza-se em valor (Merton); ou seja, a técnica-ciência é
envolta por um significado de liberdade e transformação social,
ganhando uma nova função num novo culto que quer ter total controle
sobre a natureza (engenharia genética) além de reconstruir a própria
sociedade. O cientista aqui não está mais preocupado em transgredir;
seu único objetivo é desenvolver sua área com a quebra dos valores
tradicionais.
A técnica moderna é simplificada na autonomia entre as esferas da
ciência, da moral, da religião e a arte. Esse sistema autônomo e cego,
então, se caracteriza por modificar ininterruptamente os elementos que
transformam a consfiguração do sistema, dominação social sobre
dominação técnica, um todo tecnocrático que reelabora os aspectos da
vida social, e por fim, esse novo sistema rejeita as realimentações e
funciona somente seguindo sua própria lógica. Como consequência disso
tudo percebemos que esse novo sistema nos leva a individualidade e
egocentria extrema humana, sempre querendo superar as técnicas
antigas, pois o único fator importante agora é a eficiência dos
processos técnicos. Os artistas (atuais mágicos), aqueles que
conseguem enxergar aquém de sua época, se desprendem desse sistema, e
se manifestam atravém da arte que é pouco compreendida pelos seus
contemporâneos que são limitados pelo sistema.
A técnica passa a ser o instrumento do desenvolvimento das forças
econômicas e do progresso da cultura? (Spengler), afastando o homem da
sua simbologia no todo. Ela estaria em meio a construção de uma esfera
própria, afastada, transformando o homem num mero instrumento de
desenvolimento técnico. A tecnocultura vai estabelecer um poder
unidimensional, selando o saber-poder. A nova estrutura social
determina a as organizações trabalhistas visando o aproveitamento do
tempo e priorizando as divisões das etapas das tarefas. A velocidade
da máquina é que vai moldar o trabalhador (tempo X movimento).
Criam-se novos paradigmas a partir do pós-guerra: energia nuclear
(com o assombro do potencial destruidor), informática (o novo rico é
aquele que possui mais rapidez da informação), engenharia genética
(poder controlar os seres vivos), planetarização da sociedade
(globalização). O sonho (técnica é sinônimo de transformação no mundo)
vira pesadelo (problemas sociais causados pelo mau uso das técnicas).
A ubiquidade pós-moderna dá liberdade à simulação do novo mundo, onde
a tecnologia digital permite que estejamos em vários lugares ao mesmo
tempo (com o advento da internet e videoconferências), dando um novo
sentido ao "aqui e agora".


Após ter percorrido o desenvolvimento da técnica, compreende-se como o
desenvolvimento exige a união entre a ciência e a técnica. O fato da
religião, moral, arte e ciência serem separadas em distintas esferas
faz com que a última se desenvolva com mais liberdade e de tal forma
que termina por se impôr perante as demais. Atualmente há quem defenda
que que a tecnologia seja uma nova religião, despertando fascínio e
tornando um símbolo mágico e místico para a sociedade. Tal fato é tão
importante que, se analizarmos pelos dados do IBGE sobre o Brasil
(Censo Demográfico 2000), os determinados como "sem-religião" estão em
torno dos 7,4% - superado apenas por católicos (78%) e protestantes
(15,4%) - e a cada vez tende a aumentar este percentual. Este é um dos
indícios de que a revolução tecnológica tem modificado a sociedade: a
eliminação do que não é técnico, a dessacralização. A atemporalidade e
a onipresença também são importantes para compreender a mudança
sociológica que enfrentamos, pois dão ao homem poder que antes apenas
aos Deuses eram concedidos. Enfim, visão que Lemos trouxe, analisando
a evolução da técnica auxilia a refletir e principalmente compreender
a mudança cultural que ocorre a cada vez menor tempo.

Karen Couto
Pollyanna Bittencourt

21 comentários:

  1. lendo o texto das colegas,cheguei a algumas conclusões acerca do tema relação homem X técnica. as transformações que vem ocorrendo, em âmbito social, pelo avanço das técnicas têm alterado (e muito) todo e qualquer tipo de relação, não só do homem com o mundo, mas do homem com ele mesmo. o homem já não se enxerga como um "ser físico", feito de carne e osso. o homem apenas se vê, pois ele tornou-se uma mera imagem no mundo. basta olharmos os orkuts espalhados por aí, em que as fotos são algo extremamente importante, onde a descrição do "quem sou eu" pode conter qualquer coisa, desde letras de músicas até reticências: o homem parece estar cada vez mais distanciado de si, alheio ao seu próprio eu. conforme já foi discutido em aula - com algumas discordâncias -, na minha opinião, já encontramo-nos no pós-modernismo. tenho a impressão de que o homem chegou, de certa maneira, no limite de seus avanços, de suas invenções mais relevantes. evidência disso é o fato de termos de pagar muito caro para morar em um bairro mais arborizado, por exemplo. é como se tivéssemos chegado a um ponto de inflexão em nosso desenvolvimento, pois já sugamos quase tudo aquilo que a natureza poderia nos fornecer e o nosso consumismo parece não ter freios, o que pode nos trazer consequêcias irreversíveis.

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  3. O texto expõe de forma clara o conteúdo, mas faço a mesma observação que fiz no último post.

    Apesar da objetividade do texto, discordo da conclusão a que as autoras chegaram, quando disseram que a ciência se desenvolveu com maior liberdade do que a arte. Ao falarmos da relação entre conhecimento e técnica, a arte é um ícone máximo - a arte moderna deixa essa questão explícita - e, se não há menos barreiras técnicas para o desenvolvimento da arte, há tantas quanto para o desenvolvimento da ciência.
    Se a ciência ainda têm impedimentos morais quanto à clonagem, a arte já vem criticando desde os anos 50 e 60 a sua reprodutibilidade, o que também acarreta numa dessacralização de pressupostos históricos.

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  5. O texto enfatiza a evolução da técnica que Lemos narra em seu texto. Porém, penso que, no último parágrafo, o termo "onipresença" não é correto neste contexto, uma vez que nenhum ser humano pode se localizar em mais de um lugar simultaneamente, por mais desenvolvida que seja a técnica da era atual, era dita pós-moderna. Talvez o termo certo seja telepresença, uma das características desse novo século bastante comentada pelo professor na última aula, que diz respeito à transmissão de voz, imagem, texto, etc, que apenas dá ao indivíduo a impressão de estar no local desejado, mas que, como sabemos, não é capaz de transportá-lo para lá.
    Fora esse pequeno detalhe - que é mais um ponto de vista meu - achei o texto muito bem dividido e esclarecedor.

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  6. O texto é muito objetivo, mas acredito que tenha se focado na tecnocultura e modernidade, deixando de lado alguns aspectos dessa evolução que seriam interessantes. A Idade Média e o Renascimento são especialmente importantes para o desenvolvimento técnico. Na Idade Média, questões como o empirismo não são citadas mas são importante. Já no Renascimento, ocorre uma reordenação do mundo a partir da técnica juntamente com a revolução espistemológcia, o que pode relacionar ciência e técnica nos períodos que seguirão. O comentário acerca da tecnocultura é interessante, porém a afirmação de que a revolução técnica substituirá a religião é, de certo modo, equivocada, porque ainda se perecebe a religião muito presente e com grande poder sobre a sociedade.

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  7. Vivemos num sistema fechado... Como mesmo o professor falou, mesmo o Lula sendo de outra ideologia, quando chegou ao poder, o sistema não permitiu que ele mudasse nada.
    Como Adorno já dizia, toda essa “expansão” da cultura e, até mesmo, globalização torna tudo um grande produto da indústria cultural.

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  9. Muito bem construído o texto das colegas. Discordo, porém, de alguns dados da conclusão. Acho um pouco raza as afirmações acerca da redução de números de fiéis nas igrejas. A análise precisaria ser muito mais profunda, relacionada a diversos fatores tais como estrutura familiar, individualismo na sociedade pós-industrial e etc. Não vejo também a atemporalidade como um fator presente na vida atual; pelo contrário, acredito que o elevado ritmo de evolução técnica faz com que as coisas pareçam cada vez mais datadas, descartáveis.

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  10. Acho que há um ponto interessante nesta resenha. O primeiro é de que acredito ser leviana a afirmação, ao final do texto, sobre uma suposta revulção técnica homogenea substituir a religião. Não acredito nisso porque há outros pontos que influenciam ou influenciariam neste fenômeno. Primeiro porque a revolução da técnica não abrange a todos de maneira homogenea. Ademais, nem mesmo aqueles aos quais ela chega ela se faz presente da mesma maneira. As manifestaçoes da revolução da técnica chega a cada povo, a cada cultura, a cada pessoa de uma maneira diferente. Seria, assim, leviano afirmar que, de maneira geral, a técnica substituiria outras manifestações humanas, como a ato religioso.

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  11. Acho interessante a discussão levantada acerca da tecnocultura e modernidade. Inconcebível pensarmos em nossas vidas dissociadas da técnica. Ela está presente na forma como enxergarmos e estabelecemos nossas relações com o outro. Tentando, inclusive, explicar o “egocentrismo” do homem atual.

    Nessa relação ocorre a valorização do artista, aquele que consegue se desprender do “sistema” e partir para “criações próprias”, dando seu significado para coisas que enxerga ao seu redor. Possuindo, obviamente, o conhecimento da questão técnica internalizada (em maior ou menor grau) que o possibilita enveredar por esses caminhos.

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  13. O texto da Pollyana e da Karen está bastante claro e objetivo, priorizando pontos relevantes do texto de Lemos. No entanto, assim como alguns dos meus colegas acima, também discordo da afirmação de que a revolução técnica substituirá por completo a religião, uma vez que técnica não é absorvida, compreendida e empregada por todos da mesma maneira.

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  14. O texto foi bem escrito. Porém, discordo em um ponto. Na minha opinião, o dado apresentado de que cresce o número de pessoas "sem-religião" não é forte o suficiente para podermos afirmar que a revolução tecnológica está substituindo a religião. Acredito que outros fatores sejam mais relevantes nesta questão.

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  15. Achei o texto bastante direto, com as informações mais importantes para contextualizar os períodos históricos, sem se prolongar demais.
    Interessante acrescentar à resenha um dado atual. Mas talvez a relação entre o aumento dos "sem-religião" e a evolução da técnica não seja tão direta quanto foi colocada no texto. Acredito que diversos outros fatores, como a imagem da própria Igreja Católica, a criação de novas religiões, o contexto econômico, entre outros, precisariam ser analisados para comprovar tal relação.

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  16. O texto está bem completo e apresenta bem a evolução da técnica historicamente.
    Discordo quanto à parte que fala que o homem estaria virando mero instrumento da técnica, e esta estaria construindo sua própria esfera afastada. Ainda penso, assim como pontuei em meu comentário semana passada, que o homem não perde o controle da técnica à tal ponto, mas, sim, busca a técnica e deseja continuar a gerar novas tecnologias a partir dela. Isso, obviamente, dá a sensação de que ela foge das mãos de seu criador, mas essa ideia, para mim, é apenas ilusória.
    No mais, também discordo sobre o argumento de que a tecnologia estaria virando uma nova religião, por achar que o advento de pessoas sem religião não significa que estas pessoas estejam aderindo à "religião técnica".

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  18. Como a maioria dos colegas, discordo da afirmação final do texto. Acredito que a religião, e o crescimento dos casos de pessoas que declaram não pertencer a nenhuma, não pode ser o único parâmetro para 'medirmos' os efeitos da técnica na sociedade. E não creio que a técnica possa vir a ser uma forma de religião: ao meu ver, a religiosidade engloba o mítico, o sublime, o nunca visto, o que dispensa provas e explicações. É por isso que gera tanto encantamento. No entanto, nós próprios somos de uma geração já 'acostumada' com tanta tecnologia, raramente nos deixamos impressionar com inovações.

    E, como disse a Fernanda, não é porque mais pessoas admitem não possuir religião que elas aderiram a uma religião técnica (se é que se pode considerar assim).

    (Ângela Camana)

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  19. Achei o texto das colegas muito bom e como já comentado por vários outros também discordo do final do texto. Não acho que a revolução técnica substituirá a religião, pois pelos dados do texto não acredito numa forte ligação entre o aumento dos "sem-religião" e os adeptos dessa nova "religião técnica" (citado pela colega Fernanda e reforçado pela colega Ângela).

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  20. Não concordo quando as colegas dizem que, atualmente, o homem quer dominar completamente a natureza e não tem mais medo de transgredir. Se fosse assim, não haveria a grande polêmica existente hoje em torno de estudos sobre clonagem e uso de celulas embrionárias, por exemplo. Acho que não é possível generalizar esse fato, como as colegas fizeram.

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  21. Muito bem elaborada a resenha. Mais clara e objetiva do que a anterior. Considero interessante a análise das estatísticas sobre os números de fiéis em cada religião, exposta ao final do texto. Porém, assim como alguns colegas já comentaram, acho a afirmação um tanto discutível. Para que pudéssemos garantir com certeza a veracidade da informação, seria necessário que tivéssemos conhecimento do papel que a técnica ocupa na vida de cada pessoa. E isso, todos sabemos, é impossível - visto que cada indivíduo a apropria de maneira particular.

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